Deitada em minha cama enquanto o sono não vem ligo o rádio e começo a ouvir a Pop Rock que no momento tocava uma música triste. Do nada me vejo mergulhada em lembranças da minha infância, no peito aperta a saudade de uma amiga minha, me lembro de um garoto que fiquei em baixo de uma árvore no verão passado, bateu a saudade das alegrias do meu tempo de banda, do beijo perfeito de um menino que fiquei em uma festa, de uma dança ousada e sensual que dancei, de uma ida ao cinema com as amigas, das guerras de bolinha em aula, das saídas final de semana sem rumo, das fotos tiradas em momentos de diversão, dos micos, das bobagens feitas, das palavras de carinho trocadas, das briguinhas passageiras com os amigos, aventuras, encrencas, matanças de aula, dos momentos em que não fazíamos nada só riamos das palhaçadas uns dos outros, de uma junção na casa de um amigo meu, do funk dançado com amigas que rendeu até um vídeo no Youtube, de um passeio cujo perderam meu celular, de um filme assistido aqui em casa com alguém, uma construção de maquete que terminou em pegação no sofá da sala, de um bolo feito por uma pessoa que nunca tinha feito nada na cozinha, de um encontro no centro com uma pessoa e sua família, da primeira festa que fui, do primeiro guri que me apaixonei, do meu primeiro beijo, das minhas primeiras safadezas, da minha primeira mentira, da noite que posei fora de casa, da minha primeira briga, da primeira declaração recebida...
Bateu a saudade de todos esses momentos, de todas essas pessoas, de tudo que fiz, mas pena que não existe replay dos melhores momentos da vida né?
O jeito é tentar me contentar com as lembranças, a vontade de rever essas pessoas, e o desejo de fazer tudo mais uma vez.
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